A Importância do Conhecimento Pessoal em Nossa Relação com Jesus

A Importância do Conhecimento Pessoal em Nossa Relação com Jesus
Photo by Igor Rodrigues / Unsplash

Você já se perguntou o que Jesus quis dizer quando disse "Eu nunca vos conheci, apartai-vos de mim"? Essa passagem das escrituras encontrada em Mateus 7:23 é um ponto crucial para entender a relação entre Jesus e seus seguidores. Vamos explorar mais profundamente o contexto e a mensagem por trás dessas palavras.

O discurso mais famoso de Jesus, o Sermão da Montanha, estava focado nos corações de seus ouvintes, com seus discípulos como a audiência principal. Pode parecer incomum ouvir que até mesmo nosso Senhor todo-sábio admite não conhecer algo ou alguém. No entanto, Jesus se refere a um tipo de conhecimento que está relacionado a relacionamentos pessoais.

No livro de Mateus, no capítulo 7, versículo 23, Jesus diz claramente: "Eu nunca vos conheci, afastai-vos de mim, vós que praticais a maldade." Essa passagem levanta questões importantes sobre a natureza desse conhecimento e o que é necessário para estar verdadeiramente em comunhão com ele.

A Advertência Contra os Falsos Profetas

Em um ponto crucial do Sermão da Montanha, Jesus ofereceu uma advertência final sobre a verdadeira fé. Segundo ele, haveria falsos profetas cristãos que se disfarçariam de pessoas inofensivas. No livro de Mateus, no capítulo 7, versículo 15, Jesus diz: "Cuidado com os falsos profetas, mestres que vêm até vós vestidos de ovelhas, parecendo mansos e inocentes, mas interiormente são lobos vorazes."

Essa é uma advertência séria de Jesus que enfatiza a importância de discernir a verdadeira natureza das pessoas e das mensagens que recebemos. Ele alerta que esses falsos profetas podem até usar linguagem religiosa e aparentar ser seguidores do caminho de Deus, mas em seu íntimo têm intenções prejudiciais.

Aqui Jesus está destacando a diferença entre o conhecimento intelectual que pode ser usado para enganar e o conhecimento pessoal e espiritual que é essencial para uma relação genuína com ele. Ele nos lembra que a verdadeira fé vai além das palavras e aparências; ela se manifesta através das ações e do caráter das pessoas.

Conhecimento Profundo e Espiritual

No contexto do Sermão da Montanha, Jesus está chamando seus discípulos e seguidores a serem vigilantes, a buscar uma conexão autêntica com Deus e a discernir entre aqueles que podem tentar deturpar a verdadeira fé. Essa mensagem continua a ressoar na jornada espiritual de muitos até hoje.

Essa passagem enfatiza que há pessoas que podem exibir poder ou parecer cristãs para os outros, mas que, na realidade, não pertencem ao Senhor. Mesmo que alguém pareça ser um cristão, ainda assim podem ser considerados malfeitores por Deus e serem afastados de sua presença, como declarado no versículo 23. Apenas aqueles que seguem a vontade de Deus e são reconhecidos por ele serão capazes de entrar no céu.

O ponto fundamental é que não basta apenas conhecer a Deus; é crucial que Deus nos conheça. Como o apóstolo Paulo explicou, "Aquele que ama a Deus é conhecido por Deus." Essa relação pessoal e íntima com o Senhor é o que realmente importa. A metáfora de Deus cuidando de seu rebanho como um pastor, conforme descrito em Isaías 40:11, destaca a ideia de que ele conhece aqueles que são seus. Isso não se refere apenas ao conhecimento intelectual, mas a um relacionamento profundo e espiritual entre Deus e seus seguidores. A verdadeira fé e devoção a Deus são marcadas pelo amor e pela comunhão genuína com ele. Portanto, o importante é não apenas conhecer a Deus, mas ser conhecido por ele, o que implica um relacionamento de confiança e amor mútuos.

O Conhecimento que Jesus Busca

Em João 10:14, Jesus se apresenta como o bom pastor e declara: "Eu sou o bom pastor; conheço as minhas ovelhas, e elas me conhecem." Essas palavras enfatizam o profundo relacionamento entre ele e aqueles que o seguem. Ele afirma que conhece suas ovelhas sem qualquer dúvida, e elas, por sua vez, o conhecem e têm um relacionamento pessoal profundo com ele.

A expressão "nunca vos conheci, apartai-vos de mim, vós que praticais a maldade," como mencionada anteriormente, destaca que Jesus de fato possui onisciência. No entanto, o tipo de conhecimento que ele não tinha em relação a essas pessoas não era o conhecimento de relacionamento que ele teria com seus seguidores genuínos. Ele conhecia seus corações, e isso revelou que estavam cheios de maldade e iniquidade.

O Conhecimento Além das Palavras e Aparências

Isaías também condena a hipocrisia de maneira semelhante, observando como as pessoas podem se aproximar de Deus com palavras, mas seus corações estão longe dele. Isso ressoa com a ideia de que a verdadeira fé envolve mais do que apenas aparências exteriores ou palavras vazias; é sobre um relacionamento profundo e sincero com Deus, onde ele conhece nossos corações e nós o conhecemos de maneira autêntica.

Portanto, essa passagem bíblica nos lembra da importância de uma fé verdadeira e de um relacionamento íntimo com Deus que vai além das palavras e aparências, penetrando o interior de nossos corações e motivando uma vida justa e reta.

A Advertência Contra o Engano

Isaías 29:13 e Apocalipse 22:15 fornecem insights sobre aqueles que Jesus não conhece e que são considerados falsos cristãos e falsos mestres. Isaías 29:13 destaca como existem aqueles que se envolvem em ações malévolas, que professam a fé, mas cujos corações estão longe de Deus. Esses são os chamados malfeitores que Jesus não conhece, pois não têm um relacionamento autêntico com ele. Por sua vez, Apocalipse 22:15 lista vá

rias categorias de pessoas que estão fora da presença de Deus, incluindo os ímpios, os impuros, os de baixo caráter moral, os praticantes de feitiçaria e drogas intoxicantes, os imorais, os pervertidos, os abusadores, os adúlteros, os assassinos, os idólatras e aqueles que amam e praticam a mentira, a enganação e a trapaça.

Jesus adverte que haverá um dia em que ele dirá a um grupo de praticantes religiosos: "Nunca vos conheci." Isso ressalta a importância de uma fé verdadeira e um relacionamento sincero com Deus que vai além de aparências exteriores e palavras vazias. Deus não deseja enviar pessoas para o inferno, mas a escolha de afastar-se dele e seguir um caminho de iniquidade é feita pelos indivíduos. Essas passagens enfatizam a necessidade de uma vida de retidão, amor e um verdadeiro relacionamento com Deus para evitar ser contado entre aqueles que Jesus não conhece. É uma advertência para todos nós examinarmos nossos corações e a sinceridade de nossa fé.

A Paciência de Deus e o Arrependimento

Em 2 Pedro 3:9 na Bíblia amplificada, diz o seguinte: "O Senhor não retarda a sua promessa, como alguns a têm por tardia, mas é longânimo para convosco, não querendo que alguns pereçam, senão que todos venham a arrepender-se." Esta passagem enfatiza a paciência excepcional de Deus e sua vontade de que todos tenham a oportunidade de se arrepender e receber a salvação. Ela destaca que o atraso aparente na realização das promessas de Deus não se deve à sua incapacidade de agir, mas sim à sua paciência, permitindo que as pessoas tenham a oportunidade de se voltar para ele em arrependimento.

No entanto, a passagem que segue fala sobre aqueles que tentam justificar a si mesmos como dignos do céu com base em suas obras. Mas essa justificação não é eficaz. Embora possam alegar ter realizado boas obras em nome de Cristo, eles falharam em fazer a única obra de Deus que realmente importa: ter fé naquele que ele enviou. Como resultado, Jesus, o justo juiz, os condena à separação eterna dele.

A Importância da Fé em Cristo

Essa advertência de Jesus se aplica a pessoas que afirmam ser seus seguidores, mas que negligenciam o aspecto central da fé em Cristo. Realizar boas obras é importante, mas a fé em Jesus é a base fundamental da salvação. A passagem nos lembra que a sinceridade de nosso relacionamento com Deus e nossa fé em Cristo são essenciais para nossa comunhão com ele e nossa esperança de vida eterna.

Há pessoas que afirmam ser servos do Senhor, mas a vida espiritual delas não tem relação com suas vidas cotidianas. Elas podem frequentar a igreja, cumprir algumas obrigações religiosas diárias, mas pecam contra Deus e o próximo, assim como qualquer outra pessoa. Existem aqueles que falam como anjos, mas vivem como demônios; eles têm línguas eloquentes, mas suas ações são ásperas como mãos calejadas.

Jesus reivindica ser aquele diante de quem as pessoas devem comparecer no dia final do julgamento e é justamente chamado de Senhor. Quando lemos as palavras "nunca vos conheci, apartai-vos de mim, vós que praticais a maldade," fica claro que a salvação não se baseia apenas em realizar ações externas ou até mesmo confessar verbalmente a fé. É a nossa conexão com Jesus por meio do dom da fé que ele nos concede que é fundamental. É sobre conhecer a Jesus e ser conhecido por ele de uma maneira íntima e pessoal.

Em última análise, a verdadeira salvação não é alcançada por meio de obras ou ações extraordinárias, mas por meio de um relacionamento transformador com Jesus, onde a fé, o amor e a comunhão com ele são o cerne de nossa vida espiritual. É pela graça de Deus que somos conhecidos e aceitos por ele, e é por meio da fé que recebemos esse presente de salvação.

Portanto, em nossa jornada espiritual, é fundamental que busquemos uma conexão autêntica com Deus, demonstremos submissão reverente a Sua vontade, e vivamos com dedicação genuína, mesmo que isso envolva sacrifícios. Assim, estaremos construindo nossas vidas sobre uma base sólida e segura, capaz de resistir às tempestades da vida.

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