O Aborto à Luz da Fé: Uma Reflexão Necessária
O tema do aborto tem sido objeto de intensos debates e discussões nos últimos dias aqui no Brasil, afinal esta é uma questão profundamente enraizada em crenças religiosas, valores morais e filosofias de vida. Neste artigo, exploraremos a relação entre o aborto, rituais religiosos e como essa prática é vista à luz da história e da fé. Além disso, discutiremos a importância de entender as implicações éticas do aborto em nossa sociedade.

Aborto e Rituais Religiosos
O debate sobre o aborto assume muitas formas, incluindo argumentos baseados na liberdade de escolha, direitos reprodutivos e saúde da mulher. No entanto, uma perspectiva menos discutida, mas igualmente relevante, é a visão do aborto como um ritual religioso. O Templo Satânico, por exemplo, argumentou que seus adeptos deveriam ter exceções religiosas para realizar rituais de aborto em Países que impõem restrições ao aborto.
É importante notar que essa visão não é uniforme entre todos os que defendem o direito ao aborto. No entanto, a ideia de que o aborto pode ser considerado um ato religioso é intrigante e levanta questões sobre como a sociedade aborda essa prática controversa.
O aspecto espiritual do aborto jamais deve ser ignorado como dizem os seus defensores, esta não é uma questão de saúde pública, mas sim uma questão de guerra espiritual do bem contra o mal.
O Aborto como Prerrogativa Sagrada
Muitos defensores do aborto veem a escolha de interromper uma gravidez como um direito fundamental de escolha da mulher, e não como uma prerrogativa sagrada da vida da criança. Essa perspectiva considera o ato de "escolher a vida ou a morte para o seu bebê" como uma decisão pessoal, muitas vezes baseada em uma compreensão de autonomia e liberdade.
Entretanto, essa visão levanta questões sobre quando a vida humana realmente começa. De acordo com o consenso de Genebra, a vida humana começa na concepção, uma visão que é apoiada por evidências científicas e alinhada com ensinamentos religiosos, como o encontrado na Bíblia (Jeremias 1:5).
Aborto na Perspectiva Histórica
O aborto não é um tema novo na história da humanidade. Práticas de sacrifício de crianças eram comuns em culturas pagãs antigas, incluindo as civilizações de Canaã e Cartago. A ideia por trás desses sacrifícios era que oferecer crianças a divindades resultaria em bênçãos, colheitas abundantes e prosperidade financeira.
O paralelo com a mentalidade moderna em relação ao aborto é notável. Alguns podem ver o aborto como uma escolha que trará liberdade, prosperidade financeira e a ausência das responsabilidades da maternidade. A visão de "entregar seu filho à deusa do aborto" em troca de uma vida mais fácil ecoa em algumas discussões contemporâneas sobre o aborto.
Moloch (Moloque) e a Perpetuação da Adoração à Morte
Na antiguidade, um dos deuses pagãos mais comuns associados ao sacrifício de crianças era Moloch. As oferendas eram feitas queimando crianças vivas em seus braços estendidos sobre um altar, muitas vezes acompanhadas pelo som de tambores para abafar os gritos das vítimas.
A Bíblia nos relata que desde de a antiguidade as pessoas davam seus filhos em sacrifício a Moloch em troca de favores divinos, seja mais riqueza, poder ou outros favores. Esta sempre foi uma prática abominada por Deus e expressa na bíblia.
"E da tua semente não darás para a fazer passar pelo fogo perante Moloque; e não profanarás o nome de teu Deus. Eu sou o SENHOR. Levítico 18:21"
Embora a prática tenha evoluído ao longo da história, a adoração à Moloch de alguma forma persiste nos debates sobre o aborto. A Planned Parenthood e outras organizações pró-escolha frequentemente são acusadas de promover uma cultura da morte e de lucrar com a prática do aborto.
A Realidade das Pílulas Abortivas
O debate sobre o aborto também inclui o uso de pílulas abortivas, como pílula do dia seguinte e afins. É importante destacar que essas pílulas podem causar a interrupção de uma gravidez após a concepção. A ANVISA reconhece que a pílula do dia seguinte pode impedir que um óvulo fertilizado se ligue ao útero, o que é, essencialmente, uma forma de aborto.
Para aqueles que acreditam que a vida começa na concepção, como apoiado pela ciência e pela fé, a promoção dessas pílulas como contraceptivos levanta preocupações éticas. Porém este debate é longo, pois muitos consideram que a vida começa após a nidação, quando o embrião se fixa no útero. Segundo esta vertente a pílula do dia seguinte não é considerado um abortivo.
Conclusão: Reflexões sobre o Aborto
O debate sobre o aborto é complexo e profundamente enraizado em crenças religiosas, valores morais e visões de mundo. A história nos ensina que a prática do aborto tem raízes antigas, com paralelos surpreendentes com culturas pagãs que sacrificavam crianças.
É fundamental que a sociedade continue a debater essa questão com respeito às crenças e valores de todas as partes envolvidas. Enquanto a legalidade do aborto é decidida pelas leis do país, a compreensão das implicações éticas e religiosas do aborto é uma conversa importante que deve continuar a acontecer. Independentemente das opiniões individuais, o respeito
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