O Cerco e a Queda de Jerusalém: Uma Tragédia Histórica
No ano 70 depois de Cristo, a humanidade testemunhou um dos eventos mais catastróficos da história: o cerco e a destruição de Jerusalém pelas mãos do Império Romano. Neste artigo, vamos explorar os detalhes dessa resposta feroz dos romanos ao povo judeu durante a Guerra Civil em Jerusalém (69 d.C.).
Guerra Civil em Jerusalém (69 d.C.)
Dentro das muralhas de Jerusalém, a situação atingiu seu ponto mais crítico. Uma guerra civil eclodiu entre as facções judaicas, onde os rebeldes da Judeia evitavam conflitos internos, focando em suas próprias sobrevivências. Os zelotes, liderados por João de Giscal, tomaram o controle da cidade, enquanto Simão Bargiora foi chamado para interromper o avanço do grupo de João, conquistando parte significativa da cidade. As lutas entre os grupos persistiram ao longo de 69.
Estratégia Zelote e Participação Popular
Os zelotes, cientes das divergências entre as facções judaicas, buscaram uma estratégia mais agressiva. Sob a liderança de João de Giscal, destruíram colheitas e alimentos armazenados, forçando a população a se unir à revolta. No entanto, as consequências foram desastrosas, resultando em fome e morte para muitos residentes.
Início do Cerco Romano
Diante da situação, o exército romano concluiu que um cerco era a única maneira de retomar a cidade. Em abril de 70 d.C., durante a Páscoa Judaica, o general Tito iniciou o cerco, implementando uma abordagem brutal: qualquer tentativa de fuga resultaria em morte. As legiões romanas, notadamente a 5ª Legião Macedônica e a 10ª Legião Fretensis, cercaram Jerusalém, cortando suas rotas de suprimentos.
Desafios para os Defensores
A cidade, abarrotada de refugiados, enfrentou escassez de alimentos e água, levando à fome e doenças. Os sicários, extremistas judeus, operaram nas sombras, minando a resistência interna e enfraquecendo os defensores. Enquanto os romanos empregavam táticas tradicionais de cerco, como muralhas e máquinas de guerra, a moral dos defensores estava abalada.
A Queda dos Muros de Jerusalém
Após 15 dias, o primeiro muro caiu, forçando os judeus a recuarem para o segundo. Após quatro dias intensos de luta, os romanos avançaram pelas ruas da cidade nova, causando pesadas perdas aos defensores. Tito realizou um desfile militar, exibindo o poder romano. Mesmo diante das tentativas de rendição, os judeus resistiram.
Desfecho do Cerco
Os sicários fugiram em direção ao Templo Sagrado à medida que os romanos avançavam. Após o incêndio do templo, cerca de 6.000 pessoas buscaram refúgio no último pórtico externo, enganadas por um falso profeta. Os romanos, implacáveis, incendiaram o local, resultando em mortes e destruição. Em 8 de setembro de 70 d.C., o templo, coração da fé judaica, foi totalmente destruído, deixando Jerusalém em ruínas.
Conquista Romana e Consequências
A vitória romana foi completa em apenas 4 meses e 25 dias. Os sobreviventes judeus foram deportados como escravos, dispersando comunidades judaicas pelo mundo. Durante os conflitos, os romanos capturaram 97.000 prisioneiros, muitos tornando-se gladiadores. Em Roma, Tito e seus soldados celebraram o triunfo em um desfile grandioso, exibindo os saques de Jerusalém.
Conflitos Contínuos e Próximos Passos
Apesar da aparente conclusão, os conflitos entre judeus e romanos persistiram. Os sicários, agora em Massada, preparavam-se para um novo capítulo nesse drama histórico. No próximo vídeo desta série, exploraremos o Cerco de Massada, um evento crucial que se desenrolou 3 a 4 anos após a queda de Jerusalém, revelando mais nuances dessa época tumultuada.
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