Obscurantismo Evangélico: Reflexões sobre Contradições na Comunidade
O cenário evangélico contemporâneo é marcado por uma série de contradições que merecem ser examinadas de perto. Em um momento em que a juventude evangélica é bombardeada com ofertas inovadoras, marketing religioso e uma busca incessante por novidades, muitas igrejas parecem estar perdendo a conexão com sua base de fiéis. Os cultos repetitivos e a falta de dinamismo na liturgia têm afastado a atenção de muitos, deixando-os desinteressados.
O Papel da Igreja na Vida dos Fiéis
É inegável que Deus está presente nos cultos, como nos lembra a passagem bíblica que diz: "Onde estiverem dois ou mais...". Muitas vidas são transformadas pela misericórdia divina em algumas dessas reuniões. No entanto, a questão que se coloca não é se Deus está presente, mas o que podemos oferecer de melhor a Ele. A igreja não pode apenas focar no aspecto espiritual, pois ainda vivemos no mundo (Tiago 2:16). É nossa responsabilidade garantir que as ovelhas não se percam.
A comunidade evangélica tem o nobre objetivo de ganhar almas para a igreja, mas em alguns casos, parece haver pouca preocupação em mantê-las lá. No evangelismo pessoal, é desconcertante encontrar pessoas que já foram cristãs segurando nossos folhetos. Muitos têm mágoas de líderes, mal-entendidos e outros motivos para seu afastamento. O amor, que é essencial na convivência cristã, parece estar em falta entre muitos evangélicos. As convenções e reuniões internas perderam o amor ágape, que é o alicerce da unidade cristã.
O Papel do Indivíduo e da Comunidade
Com frequência, quando um irmão cai em pecado, é mais fácil denunciá-lo ao pastor do que procurar ajudá-lo. Essas atitudes, muitas vezes tomadas por aqueles que escondem seus próprios pecados, resultam na exclusão de muitos, empurrando-os para longe da fé. Precisamos lembrar que "o irmão ofendido é mais difícil de conquistar do que uma cidade forte" (Provérbios 18:19).
A motivação da igreja, em muitos casos, se limita a retiros e excursões, que muitas vezes são caros e excluem os membros de classes sociais mais baixas. Isso cria divisões e expõe os menos favorecidos a situações constrangedoras de arrecadação pública em seu nome. Deveríamos cuidar mais dos jovens, incentivando-os não apenas com palavras, mas com ações. Além disso, é essencial não julgar os outros pelas roupas ou hábitos, pois a verdadeira mudança vem do Espírito Santo.
O Significado do Amor ao Próximo
Na convivência interna das igrejas, nem todos são valorizados da mesma forma. A aceitação social parece ser seletiva e baseada em interesses pessoais. O amor ao próximo deve ser a marca registrada de um cristão, não a vestimenta ou o status. Devemos lembrar que "nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros" (João 13:35).
Vivemos em uma era de obscurantismo dentro do próprio segmento evangélico, onde líderes impõem fardos às ovelhas e criam divisões. Devemos lembrar que fomos "comprados por bom preço" e que não devemos nos tornar servos dos homens (1 Coríntios 7:23). Devemos ser guiados pela Palavra de Deus, não por ventos de doutrina.
Conclusão
Em resumo, é hora de a comunidade evangélica refletir sobre suas contradições internas e buscar uma maior união, amor ao próximo e comprometimento com a verdade da Palavra de Deus. O obscurantismo religioso não deve prevalecer, pois a mensagem central do evangelho é o amor, a redenção e a graça de Deus para todos os seus filhos, independentemente de sua posição social, aparência ou histórico. O verdadeiro cristianismo é marcado pelo amor e pela compaixão, e é isso que devemos buscar como comunidade de fé.
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